sexta-feira, 28 de março de 2014

Os meninos são mais apegados à mãe?



Os pais de menino, cedo ou tarde, podem acabar com ciúme da cumplicidade entre mãe e filho...
  
Mas o que está por trás disso?
“A princípio, todo bebê, independentemente do sexo, se identifica com a figura materna, que é seu primeiro objeto de amor”, afirma a psicóloga Ana Cássia Maturano.
À medida que cresce, porém, outras pessoas se tornam importantes na vida dele. 

Enquanto o menino se identifica com o pai, a menina se espelha na mãe – o que faz parte da construção da identidade masculina e feminina, respectivamente...

Entre o terceiro e o quinto ano de vida, com o desenvolvimento da sexualidade, surgiria também uma atração pelo genitor do sexo oposto e, ao mesmo tempo, uma disputa com o do mesmo sexo. Essa teoria, que foi descrita por Freud no século passado, é conhecida por Complexo de Édipo – uma alusão à história da mitologia grega em que o filho se apaixona pela mãe.

“Essa preferência, obviamente, não tem conotação sexual”, diz a psicóloga.
Trata-se apenas da necessidade de atenção da criança de todos que a cercam...

Os pais devem intervir, no entanto, explicando à criança que o casal tem outro tipo de relacionamento – e isso não significa que ela seja menos amada...

E no caso de arranjos familiares onde um dos pais não está presente?
É possível que a identificação ocorra com outras figuras paternas e maternas, até mesmo fora do ambiente familiar.

O problema é que, em alguns casos, tanto o pai quanto a mãe reforçam o sentimento inconscientemente, em vez de combatê-lo de maneira positiva...
... assim, a menina vira a filhinha do papai e o menino, o filhinho da mamãe. “Além de motivar rivalidade e/ou competição ou entre a filha e a mãe ou o filho e o pai para o resto da vida, tal comportamento pode interferir no amadurecimento da criança e, por consequência, nos futuros relacionamentos dela”, alerta Ana Cássia. O menino, por exemplo, buscaria a figura da mãe na esposa.
 
Mas é claro que, teorias à parte, a ligação mais forte com um dos pais pode se perpetuar sem qualquer motivação psicológica, indicando apenas uma questão de afinidade!

Texto retirado da Revista CRESCER.