domingo, 5 de dezembro de 2010

Como lidar com a ansiedade das crianças no fim do ano

O corre-corre do fim do ano não mexe apenas com a sua rotina, mas também com a das crianças. Ensaios para festas de fim de ano na escola, no inglês, na natação, o acantonamento indicam que o ano está chegando ao fim, e isso pode deixar seu filho ansioso. Para ajudar você a contornar as emoções da criança nesse período, selecionamos 7 situações e o que fazer em cada uma delas para que esta época não seja um caos para os pequenos (e nem para você!).


Meu filho está triste com a chegada das férias

O maior problema das férias é a criança ficar entediada. Para evitar, o melhor dos mundos seria se ou o pai ou a mãe conseguisse conciliar alguns dias de folga junto com os pequenos. A criança já ficaria mais animada só de saber que a rotina dela ao lado dos pais seria ainda mais próxima, desde acordar junto até sair para tomar um sorvete ou viajar. Porém, nem sempre essa situação é possível. Assim, ainda que o seu filho fique com a babá, empregada ou avó, antes mesmo da chegada das férias, converse com ele para que programem juntos algumas atividades para os dias longe da escola. Pode ser desde uma ida ao teatro, cinema ou parque até chamar os amigos que estão na cidade para passar o dia com ele. “Assim, ele vai entender que, apesar de não ir para a escola ficar ao lado dos amigos todos os dias, também vai fazer coisas diferentes e gostosas”, diz Rita Calegari, psicóloga infantil do Hospital São Camilo (SP). Na programação, vocês podem incluir brincadeiras com argila, papel machê, guache. Como as crianças em geral ganham presentes no fim do ano, marque um dia com o seu filho para que ele separe brinquedos que não quer mais. À noite, quando chegar do trabalho, vocês podem embrulhar e organizar a entrega para alguma instituição de crianças carentes. Mandá-lo para acampamentos também é uma opção, mas que será válida somente se for o desejo dele.


Meu filho está cansado e não quer ir mais para a escola

Para a especialista, há duas linhas de pensamento que os pais podem escolher. Se o seu filho teve um bom desempenho durante o ano letivo e já fechou as notas, você pode até flexibilizar um pouco essa rotina escolar, como liberar um dia na semana para que fique em casa. Uma outra maneira é incentivar a criança a curtir os últimos dias de aula ao lado dos amigos, lembrando-a que o ritmo agora será outro, mais leve, de confraternização e que é importante que vá para a escola até o dia estipulado pela instituição. “As duas maneiras ensinam princípios para a criança. Uma em relação à recompensa e a outra da importância do cumprimento das atividades até o fim.”


Meu filho está chateado com o fim das aulas porque no próximo ano vai mudar de escola

Essa situação é muito comum para as crianças que estão saindo da pré-escola e tiveram um período de grande proximidade com os amigos, indo a festas e outros programas que estenderam a amizade além do ambiente escolar. O importante é você conversar com o seu filho de que não é porque ele está mudando de escola que a amizade vai acabar. Deixe-o seguro de que você tem o telefone dos pais dos colegas e que ainda nas férias irão se reunir para se divertir juntos.
Por outro lado, segundo Rita, cabe aos pais também valorizar a nova experiência da criança. Se você mostrar entusiasmo com a nova escola, como será bacana fazer novos amigos, ele se sentirá seguro e até animado com o fim das aulas. “Projetamos muito das nossas emoções para os nossos filhos. E as crianças, em geral, pensam mais no presente.”
* Será bem bacana se, para os últimos dias de aula, você fizer um cartão de visita do seu filho, com o nome, seu e-mail e o telefone, para que ele entregue aos amigos.


Meu filho está ansioso com o acantonamento da escola

É ele mesmo ou você? Segundo Rita, muitas vezes os pais ficam receosos de saber que o filho estará sob cuidado dos professores em um período diferente do que o habitual. Por isso, certificar-se de todas as medidas que a escola irá tomar em relação à segurança, vai deixá-la mais tranquila.
Para a maioria das crianças, dormir na escola é emocionante. Elas ficam ansiosas de ter uma rotina no ambiente escolar diferente daquela do ano letivo. É uma experiência de amadurecimento, ainda que algumas chamem pelos pais no meio da madrugada. Esse é um ótimo momento também para incentivar seu filho a abandonar o hábito da chupeta ou da mamadeira.
Agora, se ele não quer ir de jeito nenhum para o acantonamento, não adianta forçar. O importante é você perguntar o porquê do receio dela em participar dessa atividade.


Meu filho é muito tímido. Ele deve participar da festa de fim de ano na escola?

É muito rico a criança participar de um ritual de passagem, que indica o encerramento de um ciclo para o começo de outra etapa na vida. Além da recordação que ela terá da infância, a apresentação da escola é uma oportunidade de ela mostrar à família o que aprendeu. É um dia especial. Ainda que o seu filho não queira participar, o que acontece, em geral, com crianças menores, leve-o ao local do evento e deixe-o junto com os amigos na “concentração”. É bem provável que junto com eles e os professores ele se sinta motivado a subir no palco. Caso não queira mesmo, não há problema. Assista ao lado dele à apresentação dos amigos. Ele ficará animado para uma próxima vez.


Meu filho não para de perguntar sobre o presente de Natal. O que eu faço?

É difícil controlar a ansiedade da criança em relação a um presente nesta época do ano. Na TV, nos shoppings, nas lojas, nas ruas, tudo está enfeitado, o que indica que o Natal está chegando. Não dá para impedir que ela pergunte mesmo. O melhor é ouvir e propor outros assuntos. Trabalhar o tempo com a criança também é importante. Que tal fazer argolas com os dias para contar quanto tempo falta para a chegada do Natal? Assim, fica mais fácil seu filho visualizar quantos dias precisa esperar para ganhar o presente. E nada de cair na tentação de dar o que ele pediu antes da data. “O gostoso das datas é passar por elas. Ganhar antes não tem o mesmo valor de receber no dia. É importante os pais trabalharem a tolerância à frustração com as crianças. Datas como o Natal, Páscoa, aniversário, são ótimos momentos de transmitir valores para os filhos”, diz Rita.


Meu filho chegou em casa com todos os trabalhos que fez durante o ano na escola. Como eu falo para ele que não vamos guardar tudo?

Nunca fale no primeiro momento que não vai poder guardar tudo. Receba os trabalhos do seu filho com entusiasmo, afinal foi uma produção dele durante o ano todo. Faça uma exposição pela casa, pendure nas paredes por um dia. Converse com ele para que escolha alguns para dar de presente para os amigos, padrinhos, avós. Depois, fale a verdade, que não será possível guardar todos, e peça para que ele ajude você a selecionar os mais bonitos e os que mais gostou de fazer. Não deixe de fotografá-lo com aqueles que serão descartados.


Fonte: Revista CRESCER

sábado, 30 de outubro de 2010

A auto - estima e as crianças


A auto-estima é um fator básico na formação pessoal das crianças. A auto-estima, é um tema que desperta a cada dia um grande interesse, não só para os psicólogos, mas também para pais e mães. É uma preocupação presente em muitas casas e conversações. E isso pode-se entender pela relação que está tendo a auto-estima com problemas como a depressão, anorexia, timidez, abuso de drogas e outros.
Alguns especialistas afirmam que uma baixa auto-estima pode levar uma pessoa a ter esses problemas, além do que uma boa auto-estima pode fazer com que uma pessoa tenha confiança em suas capacidades, não se deixe manipular pelos demais, seja mais sensível às necessidades do outro, e entre outras coisas, que esteja disposta a defender seus princípios e valores. O ideal seria que os pais não se preocupassem somente em manter uma boa saúde física para os seus filhos, mas que também olhassem mais pela saúde emocional dos mesmos. A auto-estima é uma peça fundamental na construção eficaz de uma infância e adolescência.

O que é auto-estima?
Pode-se definir auto-estima de diversas formas, mas seu contexto continuará sendo o mesmo. A auto-estima é a consciência de uma pessoa do seu próprio valor, o ponto mais alto do que somos e de nossas responsabilidades, com determinados aspectos bons e outros que podem ser aperfeiçoados, e a sensação gratificante de nos gostarmos e nos aceitarmos como verdadeiramente somos, e com nossas relações. É nosso espelho real, o qual nos ensina como somos, que habilidades temos, através de nossas experiências e expectativas. É o resultado da ralação entre temperamento da criança e o ambiente em que ela se desenvolve.
A auto-estima é um elemento básico na formação pessoal das crianças. Disso dependerá seu desenvolvimento na aprendizagem, nas boas relações, nas atividades, e por que não dizer, na construção da felicidade. Quando uma criança adquire uma boa auto-estima, ela se sentirá competente, segura e valiosa. Entenderá que é importante aprender, e não se sentirá diminuída quando precisar de ajuda. Será responsável e se comunicará com fluência, e se relacionará com os outros de forma adequada. Por outro lado, a criança com baixa auto-estima não confiará nas suas próprias possibilidades nem nas dos demais. Sentir-se-á inferior diante de outras pessoas, e portanto se comportará de forma mais tímida, mais crítica, com pouca criatividade, o que em muitos casos poderá levar a condutas agressivas, e a afastar-se dos seus companheiros e familiares.
A auto-estima não é uma matéria da grade escolar. Mas deve ser um espaço jamais ignorado pelos pais e professores. Devem estar atentos ao lado emocional das crianças. Durante a etapa desde o nascimento à adolescência, por sua vulnerabilidade e flexibilidade, busque melhorar a auto-estima do seu filho. Tudo o que se consegue neste período pode selar sua conduta e sua postura diante da vida, na idade adulta.

Retirado do Guia infantil.com



quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Retirada de fralda

Quando retirar as fraldas?
O início da retirada das fraldas sempre gera grandes dúvidas nos pais. Esse deve ser um momento tranqüilo, considerado como parte da vida da criança e dos pais e encarado sem angústias.
O seu bebê está crescendo, tornando-se mais independente e deixando a mamãe mais livre também. É uma nova etapa, uma nova relação entre pais e criança que começa.
Os pais não devem ter pressa nesse processo. Uma criança que não tem maturidade suficiente para controlar seus esfíncteres (músculos que controlam a saída da urina e fezes) e é forçada a deixar as fraldas, pode ter sérios problemas de incontinência urinária ou de intestino preso. Portanto, não há nada melhor do que dar tempo ao tempo.
A criança precisa ter algumas habilidades para começar ficar sem as fraldas. Ela deve conseguir ficar sentada sozinha de 5 a 10 minutos, andar, falar para conseguir pedir para ir ao banheiro e tirar suas roupas que devem ser de fácil manuseio, como a de elásticos.
Geralmente, uma criança de 2 anos de idade já se encontra pronta para o início da retirada das fraldas. Nunca se esqueça que cada criança tem o seu desenvolvimento e o seu tempo para aquisição de habilidades. Respeite o momento de cada criança.

Tá chegando a hora...
 Uma dica para reconhecer que já pode começar o treinamento é quando a criança aponta ou comunica que está suja ou que está fazendo xixi ou cocô ou então quando se interessa pelo o que os pais ou irmãos vão fazer no banheiro.
Explique sempre o que acontece no banheiro de forma que a criança possa entender que aquele lugar é o ideal para fazer o xixi e o cocô. Deixar a porta do banheiro aberta faz com que a criança imite os mais velhos e perceba que esse “ritual” é corriqueiro.
Para iniciar o processo, compre um penico de escolha da criança e deixe no lugar em que a criança costuma brincar. A criança deve explorar o penico (não a deixe colocá-lo na cabeça) e ser estimulada a sentar nele com roupa, enquanto os pais explicam para que serve ou brincam com ela.
Quando a criança estiver familiarizada, coloque o penico no banheiro e passe as eliminações da criança da fralda para o penico na presença dela, sempre conversando e explicando o que acontece. Comece a deixar a criança de calcinha ou cueca sentada no penico.
Quando a criança conseguir passar uma grande parte do dia seca já se pode retirar a fralda. Não deixe de oferecer o banheiro ao pequenino várias vezes ao dia. Após o início do controle, ainda leva de 5 a 6 meses para que se efetue. Deve-se adaptar o vaso sanitário para a criança e estimular a utilização assim que estiver fazendo uso efetivo do penico.
Nunca retarde a ida ao banheiro quando a criança pedir. Respeite seus limites e capacidades. A fralda noturna pode ser retirada quando a criança começa a acordar seca. Isso acontece logo depois do controle diurno. As fezes são controladas um pouco mais posteriormente.

Vida sem fralda 
Prepara-se para encontrar a cama molhada no começo do treino da retirada das fraldas noturnas. Isso é normal. Entre os dois e cinco anos de idade, a criança não tem total controle esfincteriano e podem ocorrer acidentes. Evite oferecer líquidos antes da hora de dormir e leve a criança ao banheiro antes de deitar ou mesmo durante a noite.
Não puna ou castigue a criança por ter fracassado. Essa atitude só atrapalha o aprendizado da criança. Elogie sem exageros quando a criança obter sucesso. Muitas vezes poderá ficar sentada no penico e no vaso sanitário sem fazer nada e assim que sair urinar ou fazer coco na roupa. É normal, o controle esfincteriano está começando. Limpe a criança e faça tudo de modo natural.
Meninos e meninas aprendem primeiramente sentados. Os meninos devem ser estimulados a fazer xixi em pé como o papai depois do controle já adquirido.
Algumas crianças regredirem nesse processo, pois podem querer chamar a atenção. Um motivo bastante comum para a regressão é a chegada de um novo irmãozinho.

Faça desse momento um período de trocas com seu filho. Dê muito amor e carinho. O único trabalho dos pais é criar condições para que o processo de aprendizado seja o mais descontraído possível.

Reportagem retirada do site Guia do Bebê

domingo, 25 de julho de 2010

O uso da chupeta


Respostas para 7 dúvidas sobre o uso da chupeta por crianças

Reportagem da Revista Nova Escola (Maio-2010)

Quando o bebê nasce, os pais passam a se questionar sobre os benefícios e os malefícios de oferecer a chupeta a ele. Alguns temem causar depedência, outros pensam em possíveis problemas na dentição e na fala. Na creche, o panorama enfrentado pelos educadores não é diferente. Há muita dúvida e, por causa de tanta indecisão, esse objeto pode acabar ocupando o espaço que não merece, ser proibido radicalmente ou, pior ainda, ficar marcado como um elemento estranho ao ambiente, provocando certa inquietação, que ninguém se arrisca a resolver. Um cenário insustentável, ainda mais porque envolve dois aspectos importantíssimos da Educação Infantil: cuidados com os pequenos e a promoção da autonomia. Confira a seguir as recomendações de especialistas para as dúvidas mais comuns.

1. Para que serve a chupeta?
Ela é uma fonte de relaxamento para os bebês (não é à toa que um dos sinônimos é consolador e o termo em inglês é pacifier, que significa "pacificador"). Segundo explicação do pediatra José Martins Filho no livro Lidando com Crianças, Conversando com os Pais, ela possibilita o movimento de sucção, um bom exercício para o desenvolvimento infantil, pois articula os músculos necessários à fala.

2. Seu uso pode ser permitido na creche?
Sim. "É errado os educadores proibirem que os pequenos chupem chupeta. Não há motivo para isso", explica Maria Paula Zurawski, professora do Instituto de Educação Superior Vera Cruz (ISE Vera Cruz) e assessora da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. O objeto desempenha um papel importante na adaptação dos pequenos quando eles começam a frequentar a creche porque é útil para preencher a falta dos pais, funcionando como uma lembrança do ambiente de casa enquanto o vínculo com o educador e com as outras crianças não for estabelecido plenamente.

3. Na hora de dormir, ela pode ser permitida?
Sim, a chupeta ajuda a embalar o descanso dos bebês. Apesar disso, existem outros momentos em que ela não deve ser liberada: durante as atividades e as refeições, já que, além de atrapalhar o desenvolvimento da dicção, pode estimular o comportamento introspectivo, prejudicando a socialização.

4. É papel do educador ajudar as crianças a largar a chupeta?
Sim, mas não há um método para isso. A função do professor é promover a autonomia delas - o abandono do objeto é uma consequência. Cabe ao adulto ainda desenvolver uma relação de confiança com os pequenos para que eles se sintam cada vez mais seguros na creche. Por isso, é importante ter em mente que chupar chupeta é um hábito que deve ser tolerado, mas não incentivado. Para explorar a responsabilidade e a independência de cada um, proponha que, quando forem vetadas, elas sejam guardadas em potes individuais, junto aos demais materiais de uso pessoal. Um alerta: não perca tempo explicando para as crianças os problemas que ela pode acarretar, como dificultar a fala e atrapalhar o crescimento da dentição, na tentativa de fazer com que a larguem. "Até os 3 anos, a relação entre causa e consequência ainda não é bem compreendida", explica Cisele Ortiz, psicóloga e coordenadora de projetos do Instituto Avisa Lá, em São Paulo.

5. Até que idade os pequenos podem usar a chupeta?
Não existe um limite fixo. O bom senso deve prevalecer, afinal, ela é um material de apego, tal como um cobertor ou um brinquedo qualquer que os pequenos costumam adotar para ter por perto durante um tempo. Com um bom trabalho de promoção de autonomia, feito pelos educadores em parceria com a família, é possível ajudá-los a chegar à pré-escola livres dela (leia o plano de trabalho). "Eles gostam de mostrar aos adultos que estão crescendo e, por isso, acabam abandonando a chupeta facilmente quando incentivados", esclarece Adriana Ortigosa, coordenadora da EM Noel Rosa, em Guarulhos, na grande São Paulo.


COM OU SEM CHUPETA? Na hora do sono, ela pode ser permitida, mas, durante as refeições e as atividades, não. Quais os efeitos positivos e negativos do objeto?
"Ele é danoso se der origem a uma relação de dependência duradoura", fala Ana Paula Yazbek, formadora de professores do Centro de Estudos da Escola da Vila, em São Paulo. Por isso, quando a choradeira tomar conta do ambiente, contenha o ímpeto de silenciar a turma oferecendo a chupeta: busque o que está causando o desconforto. "Conversar em vez de dá-la é uma forma de não comprometer o desenvolvimento da capacidade nos pequenos de expressar sentimentos oralmente", diz Maria Paula.

7. O uso deve ser combinado com a família?
Sempre. Se os pais insistirem para que o filho não use a chupeta na creche, explique que se trata de um apego passageiro, porém muito valioso para ele. "Deixe claro que o objeto não prejudica o aprendizado dele em nada. Mas, se ainda assim eles não concordarem com a liberação, diga que é importante permitirem que a criança tenha outro objeto de apego caso ela demonstre essa necessidade.

terça-feira, 15 de junho de 2010

É Bom Ser Criança

É bom ser criança,
Ter de todos atenção.
Da mamãe carinho,
Do papai a proteção.
É tão bom se divertir
E não ter que trabalhar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.

É bom ser criança,
Isso às vezes nos convém.
Nós temos direitos
Que gente grande não tem.
Só brincar, brincar, brincar,
Sem pensar no boletim.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.

É bom ser criança
E não ter que se preocupar
Com a conta no banco
Nem com filhos pra criar.
É tão bom não ter que ter
Prestações pra se pagar.
Só comer, crescer, dormir, brincar.

É bom ser criança,
Ter amigos de montão.
Fazer cross saltando,
Tirando as rodas do chão.
Soltar pipas lá no céu,
Deslizar sobre patins.
Bem que isso podia nunca mais ter fim.


Composição: Toquinho